No GP de Cingapura, tanto Lando Norris quanto Max Verstappen conseguiram diminuir a vantagem de Oscar Piastri na liderança do Mundial de Pilotos. Mas o resultado também deixou claro o quão apertada será a disputa até o fim da temporada.

Russell rouba o protagonismo e altera cenário

Ao longo do fim de semana, George Russell surpreendeu: apesar de doença e um acidente no treino de sexta-feira, ele largou na pole e comandou a corrida com autoridade. Com ultrapassagens quase impossíveis em Marina Bay, ele garantiu vitória previsível e ofuscou a briga entre os candidatos ao título.

O momento decisivo aconteceu já na largada. Norris saltou da quinta posição para terceiro e tocou em Piastri e Verstappen ao fazer a ultrapassagem sobre o companheiro de equipe. Esse movimento foi o gatilho que redefiniu o panorama da disputa.

Redução de distâncias: pressão e esperança

Depois da corrida, Norris diminuiu a vantagem de Piastri para 22 pontos. Verstappen, por sua vez, chegou a 63 pontos de distância do australiano. Faltam seis etapas para o fim do campeonato, e ao todo continuam em jogo 174 pontos — com sprints previstos em Austin, São Paulo e Qatar.

Para Verstappen, o resultado foi agridoce: ficou em segundo após pressionar bastante, mas reclamou da performance do carro e admitiu que não foi dominante o suficiente no fim de semana. Ele sabe que terá que atacar com regularidade para recuperar terreno.

Norris acerta jogada estratégica — e mental

Mesmo saindo atrás no grid, Norris viu uma oportunidade na largada e não hesitou. Ele ultrapassou Antonelli e, ao atacar Piastri, teve um leve toque com o Red Bull de Verstappen. O britânico alegou que, sem aquele contato, completaria a manobra de forma limpa.

Após a confusão, o grid terminou sem grandes mudanças nas primeiras voltas. Mas esse movimento foi simbólico: segundo especialistas, ele teve impacto psicológico mais forte do que os pontos ganhos.

Para ultrapassar Piastri até o fim, Norris agora precisa descontar em média 3,7 pontos por etapa, nas etapas restantes — uma tarefa ambiciosa, mas não impossível, se mantiver o ritmo.

Resumo do impacto

• Russell dominou o GP e mudou o foco da disputa
• Norris usou a largada para atacar e reduziu vantagem de Piastri
• Verstappen pressionou, mas admite não ter sido dominante
• Disputa segue intensa: Norris e Verstappen não podem errar mais
• Piastri agora precisa segurar a pressão com seis GPs pela frente